12.1.10

E o tempo não levou.

O tempo é capaz de desgastar o sentido das coisas. Tenho dúvidas quanto a afirmar ou questionar se isso é fato ou não.
Com o passar do tempo, as pessoas, os objetos e a vida adquirem novas formas, paradigmas e novos significados. Mas é sobre o percurso que pretendo comentar. Particularmente, adoro cenas de filme em estradas, aquelas bem desabitadas em dias ensolarados - trás uma sensação de liberdade... e Audrey Hepburn? haha, já declarei a minha louca-paixão por ela em outro dia.
Em 1967 Audrey realizou um de seus melhores trabalhos. Um romance, um drama? não há um gênero específico a meu ver. Acredito que Two for the Road | Um Caminho para dois | é uma obra riquíssima à ser explorada. De maneira cordial o diretor Stanley Donen buscou abordar a problemática das relações conjugais a partir da ação do tempo.

Uma paixão por etapas, que implicou conhecimento, amizade, laços. Joanna | Audrey Hepburn | e Mark | Alfred Finney | se conheceram a partir de um esquecimento. A dificuldade em localizar o passaporte de Mark potencializou-lhe uma nova descoberta: aquela com quem compartilharia seus próximos anos.
Não meras sucessões causais. Este filme não consiste numa projeção dos altos e baixos em uma relacionamento. Os fatos tomam um rumo diferenciado.

Screens editados por Renato Hemesath
A transição dos fatos é apresentada de maneira atemporal. Inicia-se a partir do conflito do casal, e com base nas divergências presentes em suas falas é realizado um review aos principais momentos vivenciados juntos. É interessante que em cada situação retratada, eles possuíam diferentes visões de quem eram e de quem era o outro com quem conviviam. São sequências muito bem elaboradas, de maneira a cativar a atenção aos minuciosos detalhes.

Uma característica marcante é a repetição de falas e situações. "Que pessoas são estas que não conversam durante o jantar?" são "pessoas casadas". A princípio, foi à esta conclusão que chegaram ao observar um casal num hotel.  Posteriormente, este fato era real em suas próprias vidas. É como se o silenciamento (ausência de fala) fosse necessário para não advir a discórdia ou palavras ásperas.
Pode parecer confuso retratar o conflito sem apresentar a condição antecedente. Neste caso, é preferível ilustrá-la.

 

A condição antecedente a qual me referia diz respeito aos momentos cotidianos de troca, riso, empatia, desejo de conhecer o outro, ou seja, a expressão da completude de suas próprias vidas. O que modificou a situação? o tempo? acredito que não foram necessariamente os fatos que se alteraram, mas eles em si enquanto sujeitos singulares se modificaram. Portanto, o tempo não levou. A união (casamento) adquiriu um novo significado com o passar daqueles anos.

Freud explica? (rs) a Psicanálise não instipula uma "fórmula da felicidade". Não é possivel pressupor quais medidas deveriam ser adotadas a fim de que o matrimônio permanecesse como nos primeiros anos. O manejo da interpretação visa desmascarar o conflito, trazer maior autonomia, mas não necessariamente respostas.
O casamento é marcado pela felicidade a partir da certeza em ser desejo do desejo do outro. É intrigante refletir sobre como será possível conciliar o desejo de ambos. Eis aí o ponto-chave, como harmonizar diferentes saberes, como manter a chama acessa (fui cafona, rs). A própria existência humana exige conciliação.



A interpretação deste filme inicia-se pelo seu nome. "Um Caminho" - refere-se à um lugar; um único trilho; uma decisão em comum (acordo); um casamento; mas também faz alusão ao ego do sujeito. As três instâncias psíquicas Eu (ego), Isso (id) e Supereu (superego) são lugares que constituem a estrutura de quem somos. O eu é a própria designação do sujeito, o reconhecimento de si. Na mais primitiva infância, ainda não há esse reconhecimento, pode-se dizer que o sujeito é o isso, somente, e nada faz a não ser desejar. A partir do contato com a realidade externa, o eu se estrutura, e advindo a lei se estipula um ideal a ser seguido, inicia-se a formação da consciência moralista (supereu).
O eu é um caminho para dois - aquele que procura constantemente concliar as exigências do Isso e Supereu, busca satisfazer os desejos do Isso sem trangredir as normas do Supereu.

Enquanto seres dividos, é preciso atender à diferentes exigências, conciliar estas forças. A dificuldade do eu em realizar os designos do isso sem transgredir as normas e ações tirânicas do supereu é semelhante a dificuldade em sustentar um relacionamento. Conciliação é vencer o tempo, alterando "desgaste" por "transformação".

As inoportunidades são oportunidades para conhecer o conflito, desmascarando o desejo e o saber sobre o outro.
Eu considero que ver este filme é como revivenciar a expectativa pelo novo.
Possuo torrent + legenda, posso compartilhá-los.
Um super abraço a todos, aproveitem as férias!

Renato Oliveira

43 comentários:

Nathália Azevedo disse...

Aiiiii *-*
Quanto tempo não vinha aqui... E saiba que não me arrependi de ter retornado! ;D

Você brilha sempre, cara!


Beijocas

Jacque disse...

Oi, Renato! Obrigada pelo elogio!

Quanto ao lay, eu fiz algumas coisinhas, mas o original está no site que se encontra do lado esquerdo no fim da página. Lá você encontra uns lindíssimos!

Um beijo!

nega hamburguer disse...

ah então... é um desenhinho que fiz de uns livros com uma xícara de chá em cima... hehehe ah! a talita estudo no ied, né?
se sim ela deve ter aula com uma pessoa que eu amo... a yael manda bjo pra ela e pega outro pra vc ^^

bjoooooooooooz

Fernanda disse...

casamento é algo complicado né,nunca se pode se acomodar,é algo que deve está sempre em construção,acho que os casais que não conversam durante o jantar fogem da respostas do por que o casamento ficou assim,tão parado.e estradas me fascinam também...em filmes então,mais que me encantam...

Anônimo disse...

Oi Renato!

Audrey como sempre explêndida! - Bom, confesso que esse filme eu ainda não assisti, porém, pelo que me parece - através da sua análise - ele é bastante curioso principalmente quando o foco é o relacionamento entre casais.

Foi muito coincidência você ter postado um filme com essa temática, pois, no domingo fui a uma amostra de cinema e assisti justamente um filme; Luke e Eu com essa temática - claro aspectos diferentes, porém, bastante intenso.

Estou reformulando o blog, e gostaria se saber a sua opinião sobre o mesmo, o que te chamou mais a atenção, o que você gosta ou não, se deve ou não continuar postando os filmes mesmo que mude um pouco a proposta do blog. Enfim, sua opnião será uma grande ajuda!

Um beijo!

Ju Fuzetto disse...

Adoro passar por aqui!!!


Seu blog é muito legal!!!


abraço

Gabriela Marques de Omena disse...

Eu acho tão lindo essa coisa toda de velhas à mesa, etc. Acho que antigamente havia mais romance, pelo o que vejo nos filmes...

Beeeeeeeeeeeijo s22

Vanessa Souza disse...

Belo escrito.

Estou louca para assistir este filme!

Beijos.

H L disse...

Nossa muito bem estruturado o post...
vou alugar com certeza!
;)


beijos e parabéns pelo blog!
=*

Flavia C. disse...

Seus posts são sempre muito bem feitos, cheios de detalhes ricos.
Deu vontade de assistir, pela forma como você colocou a estrutura da história.
Parabéns, você é um grande crítico de cinema :)

Flavia C. disse...

Seus posts são sempre muito bem feitos, cheios de detalhes ricos.
Deu vontade de assistir, pela forma como você colocou a estrutura da história.
Parabéns, você é um grande crítico de cinema :)

Flavia C. disse...

Seus posts são sempre muito bem feitos, cheios de detalhes ricos.
Deu vontade de assistir, pela forma como você colocou a estrutura da história.
Parabéns, você é um grande crítico de cinema :)

Pena disse...

Genial Amigo:
Um post perfeito feito de imensa e sensível significação das relações humanas e o que representam para a sociedade, dorsal do Ser/Sentir.
Concordo em absoluto.
Parabéns pela profundidade com que aflora os casos.
Fantástico.
Parabéns.
Abraço amigo de imenso respeito pela sua significação imensa.
Com admiração.

pena

Bem-Haja, excelente amigo. Escreve soberbamente.
MUITO OBRIGADO pela sua amabilidade no meu blogue.

@JayWaider disse...

Oi,
Passando pra conhecer o blog.
Muito legal e bem informativo. Cult!
Vou seguir!
Abraço e sucesso em 2010.
Jay

Cristiano Contreiras disse...

Vi este filme tem uns anos, preciso revê-lo com este novo olhar aguçado pro psicologico e pro argumento sentimental que ele nos presenteia.

Bela análise!
Parabéns!

Ah, pode sim linkar meu blog ao seu hall de amigos, quando quiser! Ficarei feliz! rs

Abraço

ps: manda pro meu email o link pro torrent.

email: cristiano.contreiras@gmail.com

abs

Erica Vittorazzi disse...

Renato, ah, como vir aqui e não pensar no meu Lacan? Adoro Freud, acho ele magnifíco, mas amo Lacan. E você falou tudo, não foi o tempo, foi o desejo. Desejo do Outro. E como Lacan escreve bem sobre isto. Ele diz: 'Le setiments' ou fazendo um trocadilho: o sentir mente. O sentir pode até mentir, mas as palavras não, uma hora ou outra, ela nos escapa. Por isso o silêncio no casal.

Amei!

Carolina disse...

Oi, vim te visitar e gostei destas bandas de cá.

Casamento...? Experi~encia como todas, sem vivê-las não temos como saber no que resulta. É uma etapa, por vezes importante de ser queimada, por vezes importante de permanecer. Um contrato a ser firmado com todos os olhos bem abertos.

Sobre estradas, adoro tudo que é imagem que me dá a sensação de infivito total, faço link direto com liberdade, produto de luxo.

Você já viu o filme The Way We Were ( nosso amor de ontem)? É dez!

bjos queridos pra ti!

Dil Santos disse...

Oi Renato, tudo bem?
Menino, adoro filmes com cenas nas estrada tb, com as moças com seus longos cabelos esvoaçantes, um arrazo, rsrs

Abraços
;)

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Renato!
Como és talentoso!
Bjkas, meu querido!

Tata Ribeiro disse...

Hahahahaha... Tipo invadindo meu segredos!
hahahaha..
Sab que eu pensei em fazer isso, mas assim, eu iria na casa das pessoas mais tudas que eu conheço, e iria fotografar tudo, segredinhos e muuuuito mais.
Então o keynote, não é bem um programa, na verdade é.
Ele é o PowerPoint da Apple.
Tem quase as mesma funções que tem no Powerpoint.
Depois que eu crio tudo, eu exporto como image, e depois eu hospedo no site: http://tinypic.com/, que você pode escolher o tamanho que quer que fique.
Só que isso depende do layout que você usa.
Por exemplo, eu não uso mais esses layouts que eu e mostrei, porque eles não permitem que usem esse tinypic.com, porque corta a foto!
Me liga mesmo.
Vamos marcar de se ver!

Beijoconas, te envio um email para te explicar melhor.

Amo vc!
E sinto saudades!

Tata Ribeiro disse...

Hahahahaha... Tipo invadindo meu segredos!
hahahaha..
Sab que eu pensei em fazer isso, mas assim, eu iria na casa das pessoas mais tudas que eu conheço, e iria fotografar tudo, segredinhos e muuuuito mais.
Então o keynote, não é bem um programa, na verdade é.
Ele é o PowerPoint da Apple.
Tem quase as mesma funções que tem no Powerpoint.
Depois que eu crio tudo, eu exporto como image, e depois eu hospedo no site: http://tinypic.com/, que você pode escolher o tamanho que quer que fique.
Só que isso depende do layout que você usa.
Por exemplo, eu não uso mais esses layouts que eu e mostrei, porque eles não permitem que usem esse tinypic.com, porque corta a foto!
Me liga mesmo.
Vamos marcar de se ver!

Beijoconas, te envio um email para te explicar melhor.

Amo vc!
E sinto saudades!

Anônimo disse...

Oi Renato,

Pois bem, então, nesse caso, enquanto o Eu não souber conciliar as exigências do Isso e do Supereu, satisfazendo os desejos daquele sem transgredir as normas deste, é melhor mesmo não se casar..., concorda...?!Rs

Tocar um casamento não deve ser fácil, sem maturidade, então...

Beijos,
Ana Lúcia.

Fátima disse...

Menino da psiquê, não assisti a esse filme, mas você aguça a vontade pela forma com que esmiuça a história toda.
Relações são sempre muito complexas, as amorosas então,se superam.
Uma noite linda pra você.

Anônimo disse...

Oi Renato!
Ótimo post!
Matrimonio não é mesmo fácil...mas super legal a perpectiva de "o tempo não levou", muito bom pra se pensar nisso...
Abraço!

Vanessa Souza disse...

http://meudivaenacozinha.blogspot.com/2010/01/nao-importa-se-um-critico-goste-ou.html

Vanessa Souza disse...

http://meudivaenacozinha.blogspot.com/2010/01/psicose-e-zizek.html

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Renato!
Eu considero o seu blog uam maravilha! Por isso, tenho um selinho para você no Blog da Sônia Silvino - Onde os animais são as estrelas! Faça-me uma visitinha e pegue!
Bjkas, meu querido!

Cenira de Mello disse...

Querido Renato!

Retornando encontro aqui muitas surpresas boas. Muito obrigada por enriquecer meu blog singelo com tuas preciosidades de palavras sábias, escritas e edificadas.
O Filme não assisti. Gostei do suspense que proporcionas aqui... Deixa o leitor curioso!!!
O que sei de um relacionamento a dois é o seguinte: O homem tem um buraco (a falta) a mulher tem um buraco ( a falta). Eles se unem com a ilusão de suprirem esses buracos (faltas) um na companhia do outro, mas vão continuarem emburacados (com suas faltas). O Importante é o tempo que durar a relação. Isso é que vale. Felicidade é esse momento que estou vivendo, escrevendo aqui. Felicidade é poder respirar!!!!
Grande abraço amigo.
Até logo mais!
Cenira

Anônimo disse...

Olá Renato, descobri suas páginas através do blog dos filmes clássicos,
gostei bastante do espaço, estarei lhe acompanhando.

Abraços Marco

Melia Azedarach L. disse...

Tempinho que não apareço.
Essa postagem me fez lembrar daquela frase "amamos desejar mais do que amamos o objeto de nosso desejo".
É exatamente o que me vêm na cabeça quando lembro dos meus relacionamentos e do meu atual relacionamento, de como as coisas andam, de como é o começo, o meio e o fim.
As vezes me considero pessimista por não acreditar nessa fórmula mágica que faz os relacionamentos serem tão proveitosos quanto deveriam ser.
Acredito no amor, não acredito que as pessoas façam valer por completo esse amor.

Em suma você me fez refletir novamente.

Grande beijo!

Rodrigo Mendes disse...

Ótimo Renato,

o tempo não apaga certos filmes..aliás, filme algum, até mesmo os ruins que de sua maneira também ficam marcado.

Filme é registro e não morre nunca. O tempo não levou 'Two For the Road' assim como 'Breakfast at Tiffany´s' e meu deus como tbm amo a Audrey!

Abs!

Dário Shoupaiwisky disse...

ADOOOREI TUDO ISSO.
VALEU AI.

>>> SABOREI UMA BOA COBERTURA DA SPFW (DAY-BY-DAY) NO OF THE MODA.
E LOGO MAIS, O QUINTO EDITORIAL, SUMMER BOYS (JANEIRO 2010).
TUDO, É CLARO, NO OF THE MODA.
ENTÃO NÃO PEIDA...OOPS...I DID IT AGAIN. NÃO PERCA [!!!].

1 ABRAÇO

Anônimo disse...

Olá!! Realmente isso é uma verdade absoluta: com o passar do tempo mudamos nossa visão de ver e conviver com a mesma situação. E a arte imita a vida em vários filmes. Tudo se renova sempre e nem sempre percebemos algumas dessas mudanças, por isso que muitos casos terminam, pois quando percebemos é tarde demais...mas até a idéia do "tarde demais" pode mudar né? Hehehehe.

Ha!! Meu blog mudou de endereço, mas aceito sim indicações de sites para mudar o layout. Quero mudar do meu e aceitarei a ajuda oferecida...pode me mandar e-mail para o endereço: nanda.rluz@gmail.com
Obrigada e otima semana.

Carolina Rezende disse...

Nossa, eu quero eu quero eu quero! Preciso assistir esse filme... Audrey muito diva! Comprei um filme dela, ainda não assisti... Enfim.
Sobre seu post, parabéns outra vez! Cada post melhor que o outro... Não sei muito o que comentar, acho que tenho que assistir para saber relacionar o que você postou com a trama, mas parece ser um filme muito muito bom! Quero o torrent sim, rs.

Obrigada pelos parabéns! Com certeza o Cine Freud chega a um ano, chega até mais!

As pessoas se influenciam de uma maneira tão fácil pela mídia! E este é o pensamento contemporâneo... É pura mídia. É o que está na moda, o que é "tendência". E essas coisas fazem com que as pessoas não parem para assistir um filme de boa qualidade, ou ler um livro, e ter um pensamento mais crítico sobre o que está ao redor dela. Acho que pode ser isso a ignorância e falta de conteúdo na cultura contemporânea, talvez...

Ah, eu não vi seu nome nos meus seguidores, mas te procuro já, vou te seguir também!

Assista Barbarella! Vai amaaaaar! É super divertido, trash, polêmico, e trash.. hahahah Nem me fale... Dia 1º a correria toma conta da minha vida novamente D:

Beijoos Renato, boa semana.

Cristiane Costa disse...

Oi Renato,
Grande post, maravilhoso!
Eu não assisti este filme ainda, então, dada a raridade da fita, se puder compartilhar o torrent + legenda eu agradeço. Meu email é madamelumiere@gmail.com.

A princípio, o que penso sobre esta problemática?
Penso que o casamento pode ser altamente conflitivo com o desejo do id e as obrigações impostas pelo supereu e o eu tem que ser muito bem estruturado para lidar com este conflito, no entanto, há pessoas com um eu muito desestruturado (embora eu prefira dizer que o ID é muito inflado por uma liberdade fora do limite, conflitando com a necessidade de ser afetivamente aceito dentro de um escopo moral que é alimentado pelo supereu enquanto sociedade, a obrigação do casamento nos moldes tradicionais), logo existem n pessoas que não conseguem lidar com o processo de transformação exigido pelo casamento, nem o de metamorfose e nem o de dissimulação. Acabam dissimulando tão baseadas na obrigação que vão enterrando ainda mais os seus desejos, que poderiam ser realizados com uma boa arbitragem entre o moralismo e a necessidade da liberdade.

Abs!

Gabriela Castro disse...

A postagem está bem interessante. Adorei isso aqui no finalzinho "As inoportunidades são oportunidades para conhecer o conflito, desmascarando o desejo e o saber sobre o outro."
beijos

Anônimo disse...

Nossa, muito bom... escrevendo bem como sempre e sobre temas um tanto quanto comoventes... afinal, cinema, relacionamentos e psicologia promovem um resultado fantástico nessa alucinação surrealista e concreta da atualidade!

ai... viajei! :S

Cristiano Contreiras disse...

Caro, Renato

Obrigado por linkar o Apimentário aqui
mas, o link está com problema...creio que você repetiu duas vezes o "http://', algo assim, revise o link novamente, pois não abre quando clicamos nele.

abraço e apareça!

as disse...

quero sim!! Pode enviar?? alinealvesantos@yahoo.com.br

Valeeeuuu!!!

robson disse...

duas coisas que enobrecem a mente alma : psique e cinema. Muito bom seu blog ficarei por aqui

se possivel visite o meu

www.semente-terra.blogspot.com

Clenio disse...

Já era curioso em assistir a esse filme desde que foi citado em "Brothers & sisters", e o fato de ter Audrey Hepburn em cena só aumenta minha vontade de vê-lo. Seu texto aguçou ainda mais meu desejo.
Grande abraço
Clênio
www.lennysmind.blogspot.com

Danielle Crepaldi Carvalho disse...

Gosto desse filme também, Renato. Curioso como a passagem do tempo se estabelece, nele, pelo modo como o casal se relaciona. É ponto assente que o relacionamento amoroso corrói-se com o casamento (ou a monotonia, a ausência de novas descobertas). Tanto que o casal só sacramenta a possibilidade de se reconciliar quando pode romper as normas sociais, fazendo amor dentro do carro.
Encontrei uma legenda em espanhol do filme. Se você tiver uma em português, adoraria fazer uma nova "versão" dele!

Até mais!
Dani

Melia Azedarach L. disse...

Primeiro: Estou tendo aula de Psicologia do Desenvolvimento, essa semana começo com Freud.
Segundo: Enlouquecendo, com planos novos e saudades das visitas, dos posts, enfim, tudo um pouco.
Terceiro: Vou começar a analisar os filmes que tenho que assistir com um jeitinho mais "seu", tenho muitos relatórios de filmes, todos com relação a Psicologia.
É isso, estou com a corda no pescoço, mas com o humor melhorado.
Grande beijo!