Uma folha de papel em branco, íntegra, pronta para ser rabiscada, colorida e modificada por pessoas com talento e opinião. O “grande truque” seria criar uma obra inédita a partir de milhares de criações já feitas. Eu tinha um nome em mente e planos mirabolantes, queria algo inovador, mas não sabia se de fato estava disposto a arriscar-me na jornada de crítico-de-alguma-coisa. É válido esclarecer que, para o presente contexto, a metáfora da folha em branco possui uma contradição: a folha nunca esteve em branco, porque nela encontravam-se projetados os desígnios de alguém que queria voar, que desejava explorar um universo de idéias conhecido por imaginação e fazer com que esta arte pudesse ser vista em qualquer lugar do planeta. O start foi dado em 07.11.2009, e desde então pareceu-lhe que nas tentativas de mostrar um saber, ele seria aluno de si mesmo e de cada especialidade – mestres, gentes, fias, pessoas – que tinham muito a ensinar ao recém calouro fulano.
Seria dócil e humilde para aprender, não sempre. Logo constatou que de mirabolante havia-lhe tão somente o plano das idéias, pois o único pragmatismo que cabia-lhe bem consistia em apresentar alegremente temas, roteiro e tragédias cotidianas. Em sua ótica filmes estranhos deveriam alcançar o estatuto de falados. Sabe-se que para algumas pessoas pareceu-lhes como algo temporal, que provavelmente seria mais um “lugar” de web-entretenimento. Ele, contudo, não via as coisas desta forma. Queria deixar marcas, desejava “construir algo novo” (sic) e sabia que para isto tinha que tão somente explorar as possibilidades da folha que nunca fora branca, certo de que em seus rabiscos, contornos e formas seria possível encontrar novas vias, de maneira que Ciência, opinião, arte e comportamento convergiriam em um único espaço.
Há dois anos esta folha tem sido o lugar propício para que a arte seja expressa, em suas mais diferentes formas. Neste trajeto lhe foi dado a oportunidade de enxergar novas janelas, permitindo-lhe falar sobre tragédias e comédias. Na realidade, ele sempre gostou muito dessas coisas de louco – e foi por isso que não teve grandes inibições ao escrever sobre assuntos insanos e de grande polêmica social. Diagnósticamente comprovado, sabe-se que ele metaforiza tudo e fala demasiadamente. E não falou sozinho. Teve a idílica oportunidade de encontrar pessoas singulares, cítricas e adoravelmente exclusivas que trouxeram novos tons ao tão estimado lugar, encontros que por muito tempo serão lembrados.
À este lugar é dado o nome de www.cinefreud.com, a idílica tarefa habitualmente é tida por tricotagens e ao sonho não há nome que o esclareça, porque importa tão somente que enquanto houver imagens, cores, discurso e pessoas ele continue sendo experenciado. Ao seu criador permanece o desafio de arriscar caminhos ainda não vividos e explorar os novos desígnios que durante o trajeto serão conhecidos. À cada gesto espontâneo recebido nestas agradáveis épocas, o meu sincero agradecimento.
Renato Hemesath
À este lugar é dado o nome de www.cinefreud.com, a idílica tarefa habitualmente é tida por tricotagens e ao sonho não há nome que o esclareça, porque importa tão somente que enquanto houver imagens, cores, discurso e pessoas ele continue sendo experenciado. Ao seu criador permanece o desafio de arriscar caminhos ainda não vividos e explorar os novos desígnios que durante o trajeto serão conhecidos. À cada gesto espontâneo recebido nestas agradáveis épocas, o meu sincero agradecimento.
Renato Hemesath