9.2.10

O comum se faz insano

Não apenas o desconhecido, mas o estranho também me atrai. Estranho como sinônimo de ineditista, original, singular, enfim. Para atrair a atenção das pessoas, é preciso utilizar de artimanhas na linguagem e há diretores que sabem perfeitamente como é isso.
Uma leitura objetiva, básica e simplista: é tudo o que não aparece neste filme. Confesso a vocês que quando assisti “Elefante” | Elephant | pela primeira vez me questionei quanto ao sentido do filme e o porque deste nome. A princípio, responder a segunda indagação é mais fácil.


Em 2003 o diretor Gus Van Sant dirigiu este trabalho cujo nome mostra-se bem curioso. A idéia consistia em retratar um dia comum na vida de alguns estudantes, sutilmente abordar os seus conflitos mas sem a necessidade de muitos diálogos. Mas porque Elefante? 
Segundo o que pesquisei há dois fatos que fundamentam esta obra: uma parábola budista e um documentário.

A parábola diz que vários cegos tocaram um elefante e baseando-se na parte que foi tocada, apresentaram uma descrição. Estes discursos foram insuficientes para conduzi-los a uma representação do animal. Portanto, a visão do todo não foi adiquirida pois aqueles cegos não puderam explorar aquele fenômeno em sua totalidade.

O documentário “Tiros em Columbine” foi lançado em 2002 por Michael Moore e aborda a problemática da violência e seus desdobramentos sociais. A partir da análise de diferentes experiências, é retratado o sofrimento de vítimas de violência física e moral, assim como as justificativas que conduzem a posse e uso de armas.

Screens editados por Renato Hemesath

Pois bem, minimamente é possível dizer que Gus estava bastante inspirado para apresentar algo interessante, explorando seu potencial inovador. Elephant é como um convite a observação daquele que sofre, daquele que acredita conhecer o outro a quem se dirige, daquele que diariamente vivencia o mesmo.
A câmera segue incitando o observador a caminhar junto. Parece metódico. Mas é justamente isso que trás uma dimensão de realismo à história, inclusive as personagens assumem seus próprios nomes da vida real. Veja aqui.


Neste percurso, o elefante se faz conhecido por partes. Gradualmente é possível desvendar a aparência do conflito: preconceitos, violência, bulling. Pois bem, é apenas isso: estes alunos caminham, observam, encontram e se despedem até chegar à um cume, o qual será alcançado após as apresentações dos trajetos daqueles alunos. Mas é justamente este o diferencial da história: os diferentes ângulos propiciam observar o conflito e sua queixa não-explícita nem dita.

O filme não possui um “final”, mas sim um desfecho. O interessante não é o conhecimento da resolução do conflito, mas o quanto foi possível desvendá-lo, quantas partes puderam ser tocadas até chegar à seu ápice.


Este ápice a qual me refiro consiste em uma situação inesperada para alguns mediante o planejamento de outros. A partir de armas compradas pela internet, Eric Deulen e Alex Frost pretendiam eliminar aqueles demais alunos. Assim, as caminhadas conduziriam ao silenciamento em virtude do inesperado.
Acredito que Elefante é caso de amor ou indiferença. É possível reverenciar esta obra, ou considerá-la desnecessária. Como meu objetivo é mostrar a ênfase analítica e a inserção da Psicanálise, não tenho dúvidas do quanto este trabalho é magnífico. Gus não nos trás respostas em momento algum. Embora não seja explorado sobre o passado/antecedente, é mostrado o caminho para o gozo do outro.


O que trouxe àqueles dois alunos a satisfação em aderir aquelas armas e planejar um intento na escola foi justamente o prazer a ser obtido ao burlar uma norma. Parece-nos como se os seus objetivos consistissem em fazer ineficaz a palavra do outro. Freud retrata que o fato de estarmos inseridos numa civilização não nos faz pessoas melhores e não é sinônimo de evolução. A sociedade se baseou na renúncia às próprias satisfações instintivas para que fosse possível desenvolver-se. Ao privar o sujeito de seu desejo, lhe  é ensinado a ainda mais desejar. É fato que a moralidade simbólica (leis, padrões) bloqueiam a ocorrência de absurdos, mas também os potencializam pois incitam o sujeito a buscar o que lhe é faltante.
Pois independente de uma realidade castradora, o sujeito continuará a "maquinar o mal". A clivagem (divisão) do sujeito esclarece esta concepção, pois o permite reconhecer a existência de um lei, mas também elaborar sucessivas tentativas para escarnece-la, fazendo-se lei do próprio desejo.


Mas como ignorar um elefante no meio da sala? como suportar a impossibilidade de realização daquilo que é tido por profano? A sublimação é sempre efetiva?

Um filme que por um lado deixá-nos a incógnita quanto ao porquê de tanta violência, e por outro lança luz sobre a capacidade em enxergar o sujeito desprovido de sua condição de outro.

Até breve, abraço a todos.

Renato Oliveira

49 comentários:

JULIANA PAEZ disse...

Uma bela dica meu amigo.

Me parece um daqueles filmes que nos prende a cadeira do começo ao fim.

Ótimo poste!!

Bjos da JU

Anônimo disse...

Oi Renato,

Adoro as suas visitas...

Pois é, tristes são aqueles que procuram burlar as leis, as regras, instigados a encontrar o que lhes são faltantes. Mesmo que tais padrões comportem exceções, não se justifica se apegar nestas ou criar outras mais destas, para seu próprio deleite. Como diz a minha mãe: "viver honestamente já não é fácil para se amadurecer, imagine se aventurar na marginalidade".

Eu digo "tristes" são essas pessoas que insistem em seguir um caminho destrutivo, já que o caminho da felicidade e plenitude, se encontra em meio à natureza e à "harmonia" do convívio familiar e social. Quem se marginaliza, não consegue enxergar e sentir o valor real da vida. Pessoas assim, tornam-se vazias...

Beijos e você sempre é bem vindo para tomar um café comigo, junto a um bate-papo,
Ana Lúcia.

Unknown disse...

Convém dizer que o Gus fez este filme (e "Gerry") com base na influência directa de um grande (e ignorado) realizador húngaro: Béla Tarr.

Cristiano Contreiras disse...

Ainda e até hoje não conferir este filme, acredita?

Mas, parabéns pela abordagem estrutural deste post!

Vou procurar o filme, assim que ver comento melhor contigo.


* Sim, o layout do Apimentário foi todo feito e customizado por mim.

Abração

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Renato!
O que faz um ser humano cometer atrocidades se ele possui raciocínio? Demência, pura crueldade, natureza? Queria entender, pois alguns seres nos assustam, não é mesmo?
Bjkas, meu querido!

Lai Paiva disse...

Não vi o filme, mas fiquei curiosa.... Bjs

Carolina disse...

Oi Renato

Sobre o meu último post, o assunto me intriga e daria longos papos regados a café, ou melhor dizendo, a uma vodka bem gelada nestes dias aqui em Porto Forno Alegre.

Sobre Gus Van Sant, gosto dos filmes dele porque não são óbvios, tecidos com metáforas bem elaboradas, nada que caia na banalização.

Bjão
Muiot bom o post!

Vanessa Souza disse...

São muitas correntes na psicanálise...

Mas nem perca muito tempo com os outros, Lacan é o melhor mesmo, hahaha - lacaniana tentando convencer o estudante de psi.

Quero assistir este filme!

Ótimo escrito, sempre.

Beijo da fia-tia, rs.

A Torre Mágica | Pedro Antônio de Oliveira disse...

Ô, Renato!

Muito obrigado! É um prazer tê-lo no blog. Sempre que puder, dê uma passada por lá.

Parabéns pelo post! Muito bom! Dica ótima. Belo texto.


Abração!

Pedro Antônio

susana disse...

Mais uma vez adorei a forma como elaboras as tuas críticas! Nunca vi este filme, mas já sabia da sua existencia e até que recebeu alguns louvores dos críticos de cinema.
Não perderei a opotunidade de o ver quando puder, depois do que li aqui.
Gostei quando disseste que pertencer a uma civilização não é sinónimo de evolução!
beijinhos

Cristiano Contreiras disse...

Olá,

Gostaria de saber se você, por acaso, quer o selo do Apimentário pra colocar aqui como blog parceiro?

abraço

... disse...

Vergonha master: ainda não tive coragem de assistir esse filme... mas com tua indicação vou tomar "tento" e conferir! Valeu pela visita e pelo comment, man! Hugz!

O+* disse...

Oi Renato!
Eu fiquei sabendo do filme pelo Diego http://cameradevigilancia.blogspot.com/2010/01/maratona-psicocine-dia-6-filme-5.html
E te digo o mesmo que disse para ele: Vale muito a pena ler "Precisamos falar sobre Kevin" de Leonel Schriver.
Tem uma parte em que ela explica que tudo aconteceu simplesmente porque era possível acontecer. Não tão tautologicamente assim. Fikadika.

Obrigada pela visita!
Volte sempre

Beijos

nega hamburguer disse...

um dos melhores filmes da minha vida... o nome é por causa dos cegos mesmo que cada um tocou em uma parte do mesmo elefante e descreveram esse elefante de maneiras muito diferentes, ou seja, o ponto de vista de cada um na história. interessantissimo. amo.
vc conhece o site filmow? se não conhece procura pq vc vai adorar. bjoz.

Naty Araújo disse...

O desconhecido está me atraindo.
Espero que não me prejudique. Quero mergulhar nesse mar que ainda não conheço.

Preciso assistir esse filme.
Atiçou minha curiosidade.

Beijos.

Tata Ribeiro disse...

Amorrr... que saudade de você.
Encontrei sua amiga Nega hamburguer aqui nas nossas boatchens. hahaha passada! O blog dela é uma graça, e só hoje eu vi 3 post em blogs diferentes falando sobre as peças dela. Um luuuxo! hahaha.

Ainnn então faculdade tá ótima, trocou de coordenação, então estamos aguardando maiores surpresas. hahaha espero que não tenha muitas.
Estou recebendo algumas propostas de trabalho, beeem legais.

o blog, está crescendo dia a dia, tenho divulgado bastante, e sexta feira agora entra no ar a primeira promoção do blog.
Em parceria com a Jansport, o blog vai presentear leitores com mochilas, acessórios e coisitchás a mais! eeeba.
Estou muito empenhada no blog, quero transformar em uma revista, e criar uma segunda página com minhas peças.
Altos planos.

Sobre as fotos.
Sei tirar o fundo de fotos sim, mas como ainda sou iniciante não são todas as fotos que consigo.
Se você tiver alguma em especial, que queira que eu faça pra você, me envia, que eu tento resolver seu problema!

Ando planejando um encontro de blogueiros no final do mês, ou ao mais tardar no começo de março.
Oque acha?

Beijoconas amor, te amo horrores, e sinto saudades!

Erica Vittorazzi disse...

Não conheço o filme, mas fiquei pensando sobre o título..., sabe como os lacanianos são: o significante tem que haver um significado. Foi aí que eu pensei na história de como os elefantes de circo são treinados para não reconhecerem a sua força. Acho que vem daí a idéia para o título, ou pelo, menos eu pensaria assim. Estas pessoas que sofrem bulling, não sabem a força que tem, pois sempre querem ser o desejo do desejo do outro. Mas, quem não quer?
Beijos, queridos. Falo com vc pelo orkut, no resto dos dias...

Anônimo disse...

Já vi um curta do Gus, acho que foi numa coletânea que se chama "Paris, te amo" onde, se não me engano, quatro diretores fazem um curta a respeito da cidade luz.
Não assisti Elephant, mas o seu texto por si só já me faz pensar...ótimo post!
Abraço!

Melia Azedarach L. disse...

Mais uma vez não vou conseguir ler seu post com calma, fico sempre te devendo, mas posso dizer que saí de casa, as coisas melhoraram, sabado to me mudando.
As coisas estão mais na paz!Finalmente, mas minhas aulas voltaram, logo tudo se aperta, a boa noticia é que não peguei DP de neuro como tinha achado.
Um suspiro para me acalmar...Beijos e beijos!

Érica Ferro disse...

Adoro vir aqui e ler essas dicas de filmes, mas não só sobre filmes, como também uma análise dos comportamentos, da mente dos personagens e do filme em geral.
Enfim, você sempre nos deixa com uma vontade de ver o filme, sabe? De analisar e entender o contexto dele.

Um abraço.

LuEs disse...

O que mais me impressiona a respeito desse filme é a subjetividade presente. Não é um filme direto, não é uma única peça - ele é fragmentado, são várias perspectivas, várias visões de uma mesma ação. O mesmo evento é desconstruído para depois ser moldado aos poucos.
Honestamente, ao temrinar de vê-lo não soube exatamente a maneira como eu gostei dele - soube apenas de que gostei.

A respeito do título, li algo vertente diferente dessas que você explicou aqui. No texto que vi, o texto era alusório à imagem de um "elefante numa loja de cristais", ou seja, um evento bastante comum (jovens que não fazem parte de um cícrculo social popular) pode causar muito estrago, desse modo, assemelham-se as figuras do "elefante" e dos "jovens". Achei interessante essa análise, mas não sei o quão certa é, afinal, nunca li nada que o diretor mesmo tenha dito.

Gostei da sua análise, realmente interessante e profunda. O mais legtal é que sua visão é diferente de outras que já li. Bem como "cada cego conhece uma parte do elefante", os espectadores também conhecem um pouco da obra - dúvido que alguém o tenha entendido em sua inteira densidade.
Parabéns.

Dil Santos disse...

Oi Renato, tudo bem?
Esses filmes são interessantíssimos, retrata de uma forma algumas situações das quais deixamos passar batido. Dá um foco legal nos conflitos que estamos vivenciando ou vivenciamos.
Então, vou aceitar sua sugestão e assistir, indico um que eu adoro, eu chorei litros e litros quando o vi, se chama Uma Prova de Amor, é um drama com Cameron Diaz, magnífico.

Abraços
:)

Anônimo disse...

Elefante é muito interessante pela demonstração, não pelo julgamento direto. O filme vai formando um mosaico, se repetindo, com longos planos que permitem adentrar naquela realidade e realmente vivenciar aquilo, pensar. Gosto muito da linha que Gus Van Sant seguiu com Gerry, Elefante, Últimos Dia e Paranoid Park.

Belo post.

Estou começando um blog sobre cinema, se quiser, dê uma olhada e me diga o que acha: http://ildesertorosso1964.blogspot.com/

Vinícius Alexandre Fortes de Barros disse...

EU gostei bastante desse filme. Os pontos de vista, as alterações que não são bruscas. Belo comentário!

Caio Rudá de Oliveira disse...

Eu já tinha assistido o filme e o achei muito bom mesmo. Tanto quanto a obra é inusitada foi a minha dúvida sobre o título.

Uma coisa que achei muito bacana foram as cenas repetidas em outros ângulos e perspectiva de personagem, um recurso bem bacana.

O comentário sobre o filme aqui é bem preciso. Aposto que deixou quem não assistiu com vontade.

Abs.

Cristiano Contreiras disse...

sumido!

Anônimo disse...

Uma boa semana para você, Renato...

Beijos,

Janaina F. disse...

Oi Renato, prazer em ter você como seguidor do meu blog, agradeço o comentário e espero ver você sempre por lá! Gostei da sugestão no seu post, com certeza irei assistir!
beijo!

Canteiro Pessoal disse...

Renato, vim com objetivo de agradecer e o faço agora pelas palavras ao meu espaço, mas 'hombre', que espaço é este o teu? É excelência genuína! Sua exploração sobre o filme foi de tamanha nobreza. Creio, tenho em vida íntima que o segredo de uma problemática, está no 'desvendar', e com tato tocar as partes até chegar ao ápice. Cury diz: "Não coração impenetrável, mas a chave certa para cada coração". Bem, seu espaço é a partir de agora minha parada obrigatória e obrigada pelo espaço de cultura, e por tudo que li meu encefalo foi ativado no além, na busca.

Paz,
Priscila Cáliga

Cristiane Costa disse...

Olá Renato,
Interessante a sua crítica. Me faz lembrar mesmo Tiros em Columbine do Moore e a questão da orfandade do adolescente em período escolar. A questão de burlar a lei para satisfazer um desejo é, a meu ver, consequência de um pai ausente, o pai enquanto Educação. É o que ocorre com a violência nas escolas e tem um forte teor psicanalítico nesta questão.

Abs!

Madame Lumière

Rafael Pinheiro disse...

olá Renato. Obrigado pela sua visita ao blog, fico sempre feliz. adorei a proposta do seu blog, vou aproveitar o carnaval ( quando eu não estiver por ai..) e vou dar uma lida séria.
um grande abraço, mantenhamos contato.
Rafael Lobato Pinheiro.

Chá das Cinco disse...

Quero agradecer a tua presença no Chá das Cinco e a oportunidade de fazer parte do teu blog.
Adoro cinema, será um imenso prazer segui-lo.
Beijos
Gemária Sampaio

Anônimo disse...

kkkkk...ainda recrutando seguidores mais e mais neh? lamentavel!!!!!!!

Moni Saraiva disse...

Vim agradecer a tua visita e me deparei com um ótimo lugar pra visitar!
Fantástica tua leitura sobre os filmes, o que significa, de certo, que boas dicas serão encontradas por aqui!

A fia aqui já tá seguindo! rs

Abraços!

Anônimo disse...

Renato,
baseado em seu formspring, twitter e blog te acho super inteligente. 'risos'

parabéns, adorei o layout do blog :)
bjs!

railer disse...

não quis ler pois ainda não vi esse filme e tenho vontade de vê-lo.

Vanessa Souza disse...

http://meudivaenacozinha.blogspot.com/2010/02/selo-1.html

Ganhaste um selo, rs.

Carolina Rezende disse...

Nossa, adorei!
"Ao privar o sujeito de seu desejo, lhe é ensinado a ainda mais desejar."
Fato! E o desejo muitas vezes vem embalado da curiosidade... E curiosidade normalmente só "morre" quando acabamos com ela. Já assistiu Bang Bang You're Dead! (Bang Bang Você Morreu!)? Esse seu post me lembrou de algumas coisas desse filme. O que gosto dele é que retrata jovens americanos que sofrem bulling, têm problemas na família, escola, quase que um clichê entre alguns jovens, e tem essa história de que planejam uma matança no colégio e tal, mas a diferença desse filme é que mostra o lado dos jovens que sofrem o bulling, porque normalmente depois que a tragédia ocorre, é eles que a mídia coloca como os montros. Outra coisa legal desse filme é também atividades como teatro, e tal, como ajudam estes jovens. É muito bom esse filme.

Enfim, rs. Ah, eu sou apaixonada por AC/DC sim hehehe E depois do show, eu não consigo falar de outra coisa :( Mas nessa relação que fiz, não tinha como deixar AC/DC de fora... Inclusive há outras músicas deles que poderiam ser inclusas como hinos.
Pois é, no século XX havia tanta banda! Mas todas tinham suas singularidades. Sem as particularidades, o rock 'n roll, nem nada teria sido feito.

Ah, que filme que é? Eu conheço só Anjo Exterminador do Buñuel, mas foi o suficiente pra me deixar intrigada... Ele é surrealista, mas tem muito "significado" dentro daqueles absurdos.

Sim! Eu ameeeei Como Roubar Um Milhão de Dólares! Um dos meus favoritos da Audrey. Eu achei na Fnac, paguei R$24 se não me engano... Tinha um monte de clássicos com preço super bom *-* heheh Onde você acha filme da Audrey para baixar? Eu nunca acho nenhum além de Sabrina e Bonequinha de Luxo :(((

Ah, e adoro as perguntas que você me faz no Formspring! AAHASHSUA

Beijoos, ótimaa semana! E aqui finalmente choveu, parece até milagre, rs.
;*

........... disse...

tinha escutando bons comentários a respeito deste filme.

depois de lê um pouco do texto, deu mais vontade.


bela postagem ;)
abraços

Laís P. disse...

Ô, Renato!! Fazia tempo que não passava por aqui!!
Já estava sentindo falta de seus posts tão inteligentes!!!!!!

Sempre bom aqui!!!

Beijos grandes!!!!!!!

Anônimo disse...

Olá...
Hum, quando li o título do filme achei estranho mas lendo o texto vi que trata de assuntos bem reais se olharmos a nossa volta. Ótimo "achado". abraços.

Anônimo disse...

No início do post, senti uma vontade enorme de ver o filme para saber do que ele se tratava. No entanto, a cada linha devorada, sentia mais vontade de vê-lo para também analisar cada personagem, cada fala! Muito belo como vc escreveu: aguçou-me a curiosidade de desvendar comportamentos e atitudes. Abraços!

Pena disse...

Genial e Admirável Amigo:
O problema de inconstância, rebeldia e inconformista, por vezes, violento e constatado é visível aqui e demonstra o seu talento.
"...Este ápice a qual me refiro consiste em uma situação inesperada para alguns mediante o planejamento de outros. A partir de armas compradas pela internet, Eric Deulen e Alex Frost pretendiam eliminar aqueles demais alunos. Assim, as caminhadas conduziriam ao silenciamento em virtude do inesperado.
Acredito que Elefante é caso de amor ou indiferença. É possível reverenciar esta obra, ou considerá-la desnecessária. Como meu objetivo é mostrar a ênfase analítica e a inserção da Psicanálise, não tenho dúvidas do quanto este trabalho é magnífico. Gus não nos trás respostas em momento algum. Embora não seja explorado sobre o passado/antecedente, é mostrado o caminho para o gozo do outro..."


Concordo plenamente, mas o ambiente sócio-económico e a educação parental e maternal têm uma palavra a dizer nestes casos de jovens rebeldes.
Se um adolescente age com violência há que apurar as causas?
Se mata, a culpa é dos pais, não dele. Proporcionaram-se os motivos da conduta desajustada.
Excelente, amigo.
Abraço amigo.

pena

Espero não ter dito alguma aberração ou inconveniência. É o que penso.
Bem-Haja, fabuloso Ser Humano Gigante.

Angel disse...

Massa teu site, cara! Me induz ainda mais ao desejo de conhecer o desconhecido... Parabéns! Serei leitora constante de agora em diante!

Gian Fabra disse...

pois é Renato,
certa vez vi um filme onde o Saramago aparecia dizendo que para se ver o todo há que se dar a volta...

se não me engano o nome do filme era 'Janelas da Alma'.

interessante seu olhar

Gabriela Castro disse...

Gosto muito das suas dicas, principalmente por toda a informação que você agrega. Eu gosto de entender as coisas :)

Aproveito para te contar que fiz uma reforma no blog. O 'Não solta a minha mão nuca, tá?!' agora é 'Segredos de Travesseiro'. O conteúdo continua o mesmo, mas agora ele está mais com a minha cara :) Quando puder passa lá para visitar a minha casa nova.

Beijos

Juci Barros disse...

Olá Renato. Gostei muito do olhar psicanalítico sobre o cinema, nos permite uma outra leitura. Parabéns!

Renata de Aragão Lopes disse...

Anotarei a dica!
Muito bom seu espaço!

Um abraço,
doce de lira

Luciana disse...

Oi Renato! Gostei muito do filme "Elefante", porque ele me fez pensar acerca do efeito problemático de se discutir a violência utilizando predominantemente imagens de violência. A industria cinematográfica e outras formas de comunicação, permeadas pela cultura do espetáculo do mundo contemporaneo, buscam cada vez mais o realismo. O filme, ao tentar captar a cena de violência a partir do olhar de cada personagem, vai se construindo de uma forma sutil e embaraçosa... Pois, diante dos nossos olhos apressados e já acostumados à espetacularização da violência, ele pode até nos parecer um filme "parado"...rs... Contudo, trata-se de um filme de "ação" do ponto de vista das emoções e pensamentos que ele suscita em nós! Também gostei muito das cenas ao som da sinfonia de Bethoven, porque elas me fizeram pensar nas questões relacionadas ao sofrimento e produção de sentido... Pensei que, no filme, a música enquanto capacidade máxima de simbolização tornou-se o contraponto a uma forma tão concreta de atuação no mundo - violência. Também, gostei daquela primeira cena: o filho que toma o lugar do pai alcóolatra na condução do veículo... Gostei, porque a cena, além de ser muito bonita, poderia nos remeter a uma forma interessante de pensar a violência (castração e a inserção no mundo da cultura). Viajei um pouco...rs... Enfim, vou ficando por aqui, senão vc vai pensar que eu sou uma tagarela...rs... Obrigada, gosto muito do seu blog! Parabéns! Um Beijo! Luciana